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Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Núcleo de Atendimento Médico Integrado (NAMI) da Universidade de Fortaleza - instituição de ensino da Fundação Edson Queiroz - promove mutirão para promover a prevenção contra o câncer do colo uterino. O evento será realizado no ambulatório do NAMI, localizado no 1º andar, no próximo dia 16 de março (sábado), das 8h às 12h.
A ação tem como foco mulheres entre 20 e 60 anos, que tenham iniciado vida sexual e estejam há mais de dois anos sem realizar o exame de papanicolau, com dificuldades de acesso a serviços básicos de saúde. A iniciativa vai beneficiar 30 mulheres do Residencial Dona Yolanda Vidal Queiroz, localizado no bairro Edson Queiroz, próximo à Comunidade do Dendê.
Segundo a coordenadora dos Ambulatórios e Serviços do NAMI, Mônica Rios, o mutirão é de extrema importância visto que a população da comunidade vive em situação de fragilidade social em relação à saúde da mulher. “Ações como essa permitem que a paciente possa ao menos se cuidar, visto que nem o básico essas mulheres têm, que é o direito de se tratar”, reforça.
Além do ambulatório de ginecologia do NAMI, estão envolvidos com a ação alunos da Liga de Ginecologia, Obstetrícia e Recém-Nascido (LGORN) e do Programa de Residência Médica da Unifor. O mutirão contará também com o apoio das coordenações dos cursos de Enfermagem e Medicina, bem como da direção do Núcleo.
Câncer de colo do útero
O colo uterino é a parte do útero que fica no final da vagina e, por localizar-se entre os órgãos externos e internos, tem uma maior predisposição a contrair doenças. Uma delas é o câncer de colo do útero (CCU), conhecido também como câncer cervical, causado pela infecção genital persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano - HPV (chamados de tipos oncogênicos), vírus sexualmente transmissível, muito frequente na população. Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, o CCU é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal), e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Fatores como o início precoce da atividade sexual, diversidade de parceiros, baixa imunidade, tabagismo e má higiene íntima podem facilitar a infecção.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer - INCA, na maioria dos casos a infecção não causa doença, mas em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir ao longo dos anos para o câncer. Na fase inicial, o CCU não têm sintomas, mas a presença do vírus e de lesões pré cancerosas podem ser identificadas no exame preventivo, o Papanicolau. Quando diagnosticado precocemente, as chances de cura são de 100%, por isso, é fundamental a realização periódica do exame.
As vacinas contra o HPV também contribuem para prevenir infecções por estes vírus e o desenvolvimento deste tipo de câncer. Vale lembrar também que o HPV, assim como as demais infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) podem ser evitadas com o uso de preservativo.
O CCU é uma doença de desenvolvimento lento, que não costuma apresentar sintomas na fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal, dor durante a relação sexual, dor abdominal e queixas urinárias ou intestinais.
O tratamento deve ser avaliado caso a caso e orientado por um médico. A escolha pelo tipo de tratamento dependerá do estágio da doença e de fatores como idade da paciente e desejo de ter filhos. Em estágios iniciais, na maioria das vezes, envolve cirurgia, por vezes seguida de tratamento complementar com quimioterapia ou radioterapia. Em estágios avançados, quando há comprometimento dos gânglios linfáticos (linfonodos) da pelve ou de outros órgãos, é necessária uma combinação de quimioterapia e radioterapia ou apenas quimioterapia.
Serviço
Mutirão Prevenção Contra o Câncer de Colo Uterino
Data: 16 de março de 2024
Horário: 8h às 12h
Local: Ambulatório do NAMI (1º andar) - Rua Desembargador Floriano Benevides, 221, Edson Queiroz (ao lado do Fórum Clóvis Beviláqua)
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